quarta-feira, 6 de março de 2013

O poder de escolher



Em janeiro tive de fazer a escolha que mudaria minha vida. Em apenas um mês eu deveria decidir todo o meu futuro: psicologia ou jornalismo. Ambas, destaco desde já, são paixões minhas. Adoraria estudar a mente e os comportamentos humanos, todas as doenças mentais que eu poderia ajudar a curar, tantas as pessoas especiais que eu conheceria... Os adolescentes em crise, os idosos que precisam de amigos, as crianças com problemas de desenvolvimento mental. Todas as depressões, síndromes, bipolaridades... Seria uma psicóloga feliz.

O detalhe é que eu me sensibilizo fácil. Se alguém me conta uma história, é como se eu a vivesse também. Por isso amo tanto ler, posso ser mil pessoas enquanto sou apenas eu mesma. Mas como psicóloga, você não pode se sensibilizar. Como vai confortar alguém se você precisa de conforto? Não sei como funciona, se você passa por um tratamento de choque antes para virar insensível ou se você tem que se virar sozinha.

Eu então desisti. Desisti de todos os processos psicopatológicos que eu teria de enfrentar. Fiz a minha escolha: jornalismo. Uma vez me disseram que as vezes você pensa tanto em ser uma coisa que acaba não dando certo por que não era para você. E aí vem do nada algo que é jogado em você e você pensa "Isso é pra mim!" Jornalismo é para mim.

Eu vou escrever o mundo, as coisas, as pessoas. Vou escrever as histórias de amor, de medo, de dor e principalmente as de superação. Vou escrever felicidade mas também tristezas. Afinal, quem sou eu se não uma sonhadora? Eu sempre fui melhor escrevendo do que falando, talvez eu tenha feito a escolha certa.

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